Conhecendo a Tailândia – Parte 1

Texto originalmente escrito em 12/07/2018

Desde a última semana estamos ouvindo falar muito sobre a Tailândia e o resgate na caverna, terminando com a notícia maravilhosa de que todos saíram e passam bem (sem esquecer do mergulhador que perdeu a vida como herói). No meio de tanta informação, o que me impressionou foram as notícias sobre o povo tailandês, de como eles tem fé, como acreditam nessa força da solidariedade, como são gratos, esperançosos e evoluídos.

Então comecei a lembrar do dia em que comprei uma passagem com minha amiga para conhecer esse País lindo e o tamanho da minha felicidade! Eu queria sair dando cambalhota e gritando que eu estava indo para o outro lado do mundo (mesmo) me aventurar por 20 dias rs

A Tailândia é especial e eu já estava devendo um post sobre essa viagem faz tempo. Especial não só pela água cristalina que o Leonardo de Caprio vendeu um dia a você, mas pela cultura, tão singular e mágica, tão colorida e vibrante, tão abençoada e fervorosa. É tudo tão diferente, você mal consegue se comunicar na língua universal, rola mímica, rola comidas que você nunca viu, rola abrir a cabeça para o budismo e entender o porquê ele é tão valorizado no país e também rolam sorrisos gratuitos de um povo tão simples e tão receptivo. 

Dividirei a Tailândia em dois posts. Hoje falarei de Bangkok, a capital, e também sobre Chiang Mai e o dia em que vi pela primeira vez de pertinho um elefante.

Bangkok

Sabe aqueles vídeos que você recebe de trânsitos caóticos que conseguem ser piores que os de São Paulo e ninguém se acidenta? É o trânsito de Bangkok e foi a primeira coisa que nos deparamos chegando a cidade. Especialmente se você tiver andando por aí em um tuk tuk, transporte que lembra uma mistura de moto com charrete. Se você gosta de emoção, não deixe de andar em um.

Nos hospedamos em um hotel super bem localizado. Estávamos na distância perfeita da Khao San Road andando a ponto de não ouvir a balada da janela do quarto rs. Você precisa saber que essa é a rua mais movimentada e turística que irá encontrar por lá. É um mix de bares, cada um com uma música mais alta, tendas de roupas na rua, vendedores ambulantes, barracas com insetos duvidosos para comer e uma infinidade de turistas (leia-se muuuitos turistas jovens europeus). Aquela bagunça organizada! Você tem que dar uma passada e sentir essa atmosfera, mesmo que seu intuito não seja se jogar na festa.

Durante o dia tem uma infinidade de Templos para se conhecer. Você deve respeitar as vestimentas impostas – ombros, barriga e joelhos devem estar cobertos – caso contrário, não entra. Já se prepara que no verão você vai derreter. Alguns templos emprestavam roupa, ou cobravam um valor simbólico por isso, mas é melhor não arriscar.

O templo mais famoso é o Gran Palace e eu particularmente não gostei muito. Não gosto de lugares abarrotados de turistas e lá é surreal de lotado, com ônibus de excursão e guias com bandeirinhas, só para se ter uma ideia. Mas você tem que ir, parar e admirar a imponência daquele lugar, banhado a ouro, em formas geométricas lindas, contando a história de buda. É lá também que se encontra o Buda de Esmeralda, só não vai fazer como nós e passar reto dele rsrs. Explico! Ele é tão pequeno com um templo tão gigante construído para abrigá-lo que achamos que era só mais um-lugar-maravilhoso-cheio-de-ouro que nós podíamos pular kkkkkk. Fica a dica, tem que andar por tudo mesmo, com sorte você ainda assiste um pedaço de uma cerimônia ou cruza com um monge.

Eu gostei mesmo dos templos pequenininhos, calmos, onde eu podia me ajoelhar e ficar ali um tempo apreciando e agradecendo pela vida. Em um deles, chamado Lucky Buddha, nós ganhamos um colar muito fofo que usei por muito tempo como um amuleto de proteção. Não deu tempo de conhecer tudo, mas ouvimos falar muito bem do templo do Buda Reclinado, pena que chegamos e estava fechando, ficou para uma próxima.

Outra dica, cidade grande sempre tem que ficar esperto, então não caia no conto que o templo está fechado, que tem manifestação, que está em reforma para ser direcionada a templos menos turísticos, ouvimos tudo isso andando na rua, insistimos e bang, tudo funcionando normalmente #logopracimadequem #aquiehbrasilamigo

Chiang Mai

A cidade em si é pequena, tem uma feira no centro com muitos quarteirões de souveniers que vale a pena e se tiver tempo, caminhe pela cidade para conhecer os arredores, sempre tem um templo no caminho que vale a pena entrar.

Antes da viagem pesquisei muito sobre essa história de andar em um elefante e respeito todas as opiniões a respeito. Optamos por fechar o passeio na indicação de uma conhecida que nos assegurou que eles não colocavam cadeirinhas nas costas dos animais, o que pode machuca-los e pareciam tratar os elefantes muito bem.

Começamos a aventura conhecendo um local que recicla o cocô do elefante e tem um nome simpático Poo Poo Paper. Não, não tem cheiro, eu juro!  Fizemos nosso papel reciclado, estilizamos um marcador de página e partimos para a aventura.

Paramos em uma área que parecia a casa da família que tinha como sustento o comércio com os elefantes e talvez por esse motivo se preocupavam com seu bem-estar. É muito chocante ficar frente a frente com aquele animal gigantesco e minutos depois, alimentá-lo na boca com cachos e cachos de banana, que nós mesmos fomos buscar na mata.

Almoçamos no grupo que estávamos lá mesmo, passamos por uma aula de como falar com os elefantes e lhes passar comandos de “andar, girar e parar” – necessários para quando você está sozinha em cima dele – e terminamos dando banho naqueles pequenos adoráveis animaizinhos em um rio próximo dali.

Falando hoje, acho que a gente evolui e vendo as fotos antes de postar aqui, me bateu uma bad pois não tenho como afirmar que eles eram bem tratados. Acho que “bem tratar” significa estarem livres fazendo o que eles nasceram para fazer, então vale a observação que se hoje eu voltasse a Tailândia, iria em um dos centros que resgatam os animais de caçadores e cuidam dos elefantes com todo amor e carinho e você não pode subir neles em momento algum. É da cabeça de cada um, mas viva essa experiência de alguma forma porque é surreal.

Precisei de uma boa noite de sono para absorver fisicamente e principalmente, mentalmente, a experiência que havia passado.

No próximo post vou contar sobre Krabi, a cidade que nos leva a Ilha paradisíaca de Phi Phi e tudo sobre as águas cristalinas daquele paraíso =)

Também vou contar como foi passar pela experiência de fazer uma tattoo de bambu em um estúdio tailandês!

Até a próxima

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